30/06/2009


Amigos, amigos, negócios à parte” quem o disse só podia ser portados da maior sabedoria, ele e todos os autores dos ditados populares, aquelas brilhantes teorias da batata pelas quais nos guiamos a maioria das vezes, aquilo que a filosofia chama de censo comum, acho.
Odeio ser derrotada por estas estúpidas (mas brilhantes) teorias da batata! Porque têm de ter razão? Que irritante…
És igual a todos os outros que recriminaste, a única diferença é que me conheces mil vezes melhor, mas nem isso te impede, pelos vistos, de me mandar abaixo como eles, e por me conheceres tão bem, mandas-me também mil vezes mais abaixo que todos os outros.
Não sei, juro, onde falhei contigo desta vez… Desculpa se quero ser livre, ter a minha vida, desculpa se sou adolescente, desculpa se não sou como tu, e tenho pena que não te lembres como foi contigo… (posso estar enganada, mas parece-me que já não sabes o que é ser adolescente)
Tira-me o que quiseres, não que ainda reste muito, mas tira. Tira tudo e depois diz-me de que te valeu, diz-me o que mudou.
Segundo Lamarck os seres vivos adaptam-se ao meio onde se encontram, modificando os seus hábitos, é isso que achas que acontecerá?
Desculpa desiludir-te mas era teoria está errada, Darwin, brilhante homem este também, deu a resposta à teoria da evolução, existem todos os seres e apenas sobrevivem os mais bem adaptados, selecção naturas é o termo certo. Se cheguei até aqui, não será por me tirares tudo que irei fraquejar, sou mais forte que isso, não sabias?

( não sei se te importará, mas ainda nem estudei isto, como vez, não sou assim tão burra como me pintas )
Continuo sem entender a tua ideia, mas força, continua, estarei aqui para enfrentar cada obstáculo que me propuseres, afinal, “o que não nos mata, fortalece-nos(mais uma brilhante teoria da batata!)

Se estou a entrar na idade da parvalheira, então tu estás a entrar na idade da estupidez

25/06/2009

Not everything is supposed to come true



Não consigo dormir mais, a luz que entra pela janela é demasiado intensa… mas calma, eu podia jurar que tinha fechado bem os estores…
Abri o olho vagarosamente para não me atordoar com a luz mas algo se meteu à frente, ficou novamente escuro. Levanto-me de um sobressalto com um grito agudo preso na garganta mas este é instantaneamente trocado por um desejo de gritar de alegria. Não podes estar aqui! Não pode ser real…
Envolves-me com os teus braços fortes, com tanta força que me custa respirar (ou será isso devido ao entusiasmo?), retribuo-te o abraço com lágrimas a escorem-me pelo rosto. Mesmo com os olhos inundados consigo notar a imensa bagagem que trazes contigo, suponho que não voltes a partir, pelo menos tão cedo. Encostas os teus lábios ao meu ouvido e pedes desculpas com a tua voz doce, não consigo responder-te, o nó na minha garganta e a falta de ar impossibilitam-me, mas depois dir-te-ei que já não importa, o que interessa é que estas novamente comigo…
As tuas grandes mãos abandonam a minha cintura, deslizando vagarosamente até ao meu rosto, ao mesmo tempo que tu te afastas de mim. Uma segura-o a outra limpa-me delicadamente as lágrimas que nele escorrem enquanto me sorris. Aproximas-te de novo de mim, muito lentamente, a tua respiração está a desnortear-me… beijas-me e perco os sentidos por instantes (espero que não tenhas notado esta minha fraqueza). Finalmente tenho-te comigo…


PIP PIP! PIP PIP!


Meio atordoada paro o despertador… já é de manhã e sinto que ainda nem adormeci…
Olho em volta, procuro-te no meu quarto mas como já esperava, nem sinais de ti ou da tua existência… eu sabia que era bom demais para ser real.
Porque tens de ser apenas uma alucinação? Porque não passas de um sonho?
Estou cansada, a realidade cansa-me…
Enquanto me levanto da cama digo em voz alta numa tentativa de auto-convensimento – Está um dia lindo lá fora, não vou ficar agarrada ao sonho – boa tentativa, nem conseguia ouvir o que eu mesma dizia… no meu interior apenas ansiava com a chegada da noite…

11/06/2009

desabafo

nao sei mais como dizer o que sinto
sobra-me isto.

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